Parece que temos que ser o próprio Buda pra lidar com feedback mas não, #feedbacklovers uni-vos! É possível acostumar-se a pedir e a fazer comentários sobre o desempenho dos outros ao ponto disso se tornar algo super natural e desejável!
Feedback é um presente, se alguém de dispõe a entregá-lo a você, receba!
É importante saber dar o feedback mas se não sabemos receber observações e críticas dos outros, podemos afastá-los.
Quando alguém faz um comentário sobre nosso desempenho, mesmo que pareça grosseiro ou ofensivo, temos uma oportunidade.
Quem realmente não quer mais nossa presença ou algum produto que oferecemos, pode simplesmente ir embora. Quando a pessoa se dá ao trabalho de nos dizer como se sente, especialmente quando não solicitamos, podemos tentar descobrir o que está por trás dessa atitude. Ela pode representar, por exemplo, uma necessidade de interação conosco, de consideração e claro, solução.
Essa frase do Marshal que sistematizou a Comunicação Não Violenta quer dizer que mesmo que a pessoa me xingue - o que é uma violência - essa é uma forma que ela encontrou de atender alguma necessidade própria.
"Todo ato violento é uma expressão trágica de uma necessidade não atendida" Rosemberg Marshall
Quando alguém nos traz um feedback, podemos evitar a postura reativa ou ficar justificando o motivo das nossa atitudes, isso pode demonstrar pouca senioridade e afastar quem veio trazer a observação. Se considerarmos essencial alguma explicação, não adianta sair desembestada falando tudo. Podemos perguntar se a pessoa teria disponibilidade para uma conversa já que você quer compartilhar mais informações com ela. Como a intenção dela era falar, talvez ela não tenha no mesmo momento a disponibilidade de ouvir. Vocês podem marcar um outro papo pra continuar o assunto!
Às vezes a situação nos deixa nervosos, então decore algumas frases possíveis para esse momento.
Anote essa dica:
Obrigada pelo feedback;
Vou refletir sobre isso;
Sua contribuição é importante para mim;
Tem detalhes que eu gostaria de te contar a respeito desse processo. Quando puder conversar me avise.
Sua receptividade pode fazer a pessoa falar mais e contribuir com sua trajetória.
Este conteúdo também está disponível no vídeo "Como receber um feedback?" Para assistir é só clicar aqui!
Feedback é difícil pros dois lados porque trabalha necessidades humanas complementares.
Queremos ser amados como somos;
Queremos mudar para melhor.
No vídeo "Feedback", falo um pouco do por que o feedback dá tanto medo. Para assistir é só clicar aqui!
Vamos estimular a cultura de feedback!
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A tão temida crítica
É normal temermos o feedback por associá-lo muito à crítica. Uma crítica pode doer, pode despertar sentimentos ruins e ao mesmo tempo pode nos fazer crescer. Separei algumas dicas de como eu faço para lidar com a crítica que podem ser úteis para você.
Posso misturar os meus sentimentos com o que ouvi ou li, principalmente se não estou num bom dia. Quando recebo uma crítica a minha reação pode ter muito a ver com o momento que eu estou vivendo. Por isso, se a minha receptividade não foi tão bacana, procuro revisitar a crítica em um outro momento, pode ser que ela não seja realmente tudo aquilo que pareceu na primeira vez;
Quem faz muito erra muito, só não erra quem está parado! O que falo têm muito a ver com a minha visão de mundo e lembrar disso é fundamental. Entendo que em algum momento vou errar. Por isso uma critica sempre pode contribuir comigo e até me salvar de uma enrascada. Agradeço quando sou corrigida porque reconhecer um erro me faz crescer;
Procuro ver o conteúdo separado da forma como ele é exposto. Mesmo se a crítica for agressiva, não a descarto. Pode ser que a pessoa que está se posicionando esteja nervosa, ansiosa ou em algum estado específico que não consegue lidar com o seu próprio sentimento. Também relaciono com outros comentários, que podem contribuir para que eu entenda melhor aquela crítica e eventualmente sua motivação.
No vídeo "Como lidar com as críticas", compartilho algumas dessas experiências. Para assistir é só clicar aqui!
E se eu tiver que fazer a crítica?
E quando sou eu que preciso dar um feedback? E se eu tiver uma crítica para fazer? Como me expressar e ser ouvida sem magoar quem me ouve?
Dar um feedback ou expressar uma opinião pode ser até mais difícil do que receber uma crítica. O ideal é que a organização estimule uma cultura de feedback constante, o que reduz o medo das críticas, eu inclusive dou aula de cultura de feedback. Porém, em alguns projetos utilizo uma metodologia de três passos para fazer uma crítica construtiva, e que super funciona - pode funcionar para você também. É a regra do "Que bom", "Que pena" e Que tal".
Que bom - Que bom que você fez determinada coisa!
Começo observando algo que eu gostei e achei que está bem feito;
Que pena - Que pena que este ponto não ficou bem claro.
Nesse momento, exponho o que eu acho que não ficou legal, que pode mudar;
Que tal - Que tal se juntarmos mais essa informação para esclarecer esse ponto?
Esse passo é muito importante, procuro dar uma solução, um caminho para resolver o problema. Se não tenho tenho o "que tal" vou pesquisar, vou estudar, penso a respeito, converso mais com a pessoa, e espero ter o "que tal" para poder realmente dar uma opinião embasada.
Se você não sabe apontar um caminho para melhorar o que não está bacana, você não deve apenas apontar um possível erro - essa é a grande sacada. Muitas vezes deixamos a pessoa atormentada por dizer que algo não está bom sem sinalizar o que consideramos bom, o que desejamos ou o que realmente pensamos a respeito. Pensar nesses passos nos obriga a organizar e comunicar exatamente o que pensamos!
Se quiser ver mais exemplos de como eu utilizo o "Que bom", "Que pena" e "Que tal" você pode assistir ao vídeo "Como fazer uma crítica responsável" clicando aqui!
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